[Ambientação] O Septo.

O Septo

E a Feiticeira...

Ultimamente o septo era o local em que Lorde Randyll mais ia. Era o lugar onde os deuses o ouviam, ele achava. Sua vida havia sido conturbada desde o seu nascimento, e ultimamente estava pior. Rezava todos os dias ao Pai, a Mãe, a Donzela, a Velha, ao Guerreiro e ao Ferreiro, e às vezes, até mesmo ao Estranho, para garantir proteção das forças que Randy considerava desconhecidas. Observou as paredes daquela construção de sete lados, feitas de pedra-de-areia, o material que constituía praticamente todo Correrrio. Olhou para as pinturas das faces de Deus no mármore e então começou uma antiga canção, em homenagem ao Pai e à Velha, ensinada pela senhora sua mãe, pedindo proteção e sabedoria as suas escolhas. Randyll havia marcado de se encontrar com uma curandeira ali naquele septo, a algumas horas depois, mas quis chegar cedo para colocar as orações em dia.

COM: Deuses ✖ ONDE: O Septo ✖ VESTINDO: Tradicional ✖ POST: 001

@Lilah

La vie est belle...

Pouvoir est la savoir, savoir c'est pouvoir!

A curandeira agora encontrava-se andando calmamente até o Septo, onde se encontraria com Lorde Randyll, seguia com passos sempre simétrico e uma postura perfeita, o olhar jamais vacilava, nunca dirigido para outra direção que não fosse sua frente. Jamais foi muito religiosa, ao longo de sua vida não teve tanto tempo assim para adorar aos deuses, porém, devia admitir que vez ou outra rezava para a Mãe ou a Velha, as figuras que ela mais admirava. Ao adentrar o local, não conseguiu deixar de observar a arquitetura interessante do local, mas não estava ali para isso. Elizabeth sabia da situação delicada em que o senhor da casa Tully estava e esperava poder ajudar de alguma forma, apesar de não estar confiante quanto ao fato de que lhe pudesse trazer algum conforto. Por mais que sentisse protegida naquele lugar sagrado, ainda carregava consigo uma adaga escondida, o que a incomodava um pouco. Logo que encontrou Randyll, esperou que ele terminasse suas orações, pacientemente, por mais que ela não fosse muito firme quanto a fé, sabia reconhecer essa qualidade nos outros e até conseguia entender muito bem.

O Septo

E a Feiticeira...

Ouvindo os passos simétricos chegando a entrada do edifício do septo, Lorde Randyll sentira que a curandeira estava próxima. Terminou sua cantiga e virou-se para trás, podendo obervar a bela mulher olhando-o, quieta, com seus cachos louros caindo-lhe sobre os ombros e reluzindo com a luz do sol que chegava pela entrada da edificação. Ela estava mais linda do que a primeira vez em que Randy a vira quando chegara a algumas semanas atrás em Correrrio, dizendo ser uma feiticeira, curandeira, uma sábia.
- Estás bela como sempre, milady - começou a dizer. - Bem, acho que sabes porque eu te chamei aqui. Sei que você não é uma curandeira qualquer, que veio de baixo. Não é qualquer camponês que consegue ler e falar a língua comum de Westeros. Eu gostaria que você me contasse quem realmente é, milady. Poderia me fazer esse favor?

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@Lilah

La vie est belle...

Pouvoir est la savoir, savoir c'est pouvoir!

Por alguns instantes, relembrou-se da época em que ela e Margaret perambulava por aí, apenas sentindo o calor reconfortante do Sol sobre a pele e o cheiro - nem tão - bom das florestas, ou mesmo quando começava a chover e as duas apenas se sentavam nas cadeiras de algumas casas, ouvindo os pingos de água. Repentinamente, passou em sua cabeça a imagem dela matando Margaret e arrancando todos os ossos do seu corpo da maneira mais brutal possível, apenas para escapar do foço. Voltou a realidade com as palavras de Randyll, sabia muito bem do que se tratava e por mais que as pessoas falassem bem dela, havia uma certa desconfiança. Compreensível, ela faria o mesmo, mas tinha um forte palpite de que não era uma questão de confiança, mas sim de um assunto da qual ela também tinha conhecimento considerável. Pensou em mentir, a maioria esmagadora dos boatos dizia que ela tinha nascido no Vale ou nas Terras Ocidentais, mas certamente o Lorde Tully não se deixaria enganar por mentiras sem fundamentos. Ao longo de sua jornada, Elizabeth havia adquirido experiências formidáveis e aprendido muito com as diferentes pessoas que encontrou. Ela o fitou durante alguns segundos, calada, até finalmente interromper o silêncio com sua voz silenciosa, mas firme, não tinha qualquer expressão, agia de forma quase que automática, estava absolutamente neutra, como se o relato a seguir fizesse parte da rotina de qualquer pessoa. - Obrigada, Lorde Tully, mas estou envelhecendo rápido, não estarei assim para sempre... Sou uma dornense e curandeira, fora isso, quase todo o resto do que dizem é conversa. - Retirou sua luva branca esquerda e mostrou o pulso para ele, onde havia sido marcado a ferro quente a palavra Malefica. - Como pode ver, durante o tempo em que eu era conhecida como bruxa, as pessoas não souberam distinguir muito bem o real do fantástico... - Voltou a colocar as luvas e em seguida, de súbito, seus olhos se inflamaram em uma mistura caótica de fúria e diversão, enquanto virava bruscamente seu pescoço de lado com um largo sorriso psicótico tomando conta de seu rosto pálido. - Sim, eu matei todos eles e sabe por quê? As pessoas dizem que sou pior que uma louca, mas eu apenas queria me divertir!